• Contexto

“As guerras são sempre a negação dos outros. Os Outros quase sempre eram os inimigos. Os inimigos assim justificam a política de Estado. Ficar hoje sem os inimigos significa para alguns Estados ficar sem a política” (Milovic, 2004, p. 120-121).

A data 25 de maio anuncia muitas memórias. Era o Dia da Juventude (Dan Mladosti) na Iugoslávia. Miroslav Milovic foi um dos civis que saiu do seu país em razão da guerra. Em 1999, assistiu a destruição da Iugoslávia pela OTAN. Dias ininterruptos de bombardeios, que os sérvios jamais esquecerão.

No Brasil, Miroslav Milovic publicou o livro Comunidade da Diferença. Escrito “em solidariedade a todos que, como no exemplo da guerra recente na Iugoslávia, mostraram coragem e desobediência civil” (Milovic, 2004, p. 9). 

O Dia da Juventude na Iugoslávia era comemorado intensamente. Nas ruas, as pessoas afirmavam: “Nada pode quebrar este país e este povo – nem hoje, nem amanhã, nunca” e prometiam “Viver sempre juntos por muitas mais primaveras”. Com a música “Živela Jugoslavija” cantava-se coletivamente “Viva Iugoslávia”.

Nesta data tão significativa que a guerra aniquilou do calendário oficial, mas que segue viva em muitos corações, lançamos o Prêmio Miroslav Milovic Juventude Filosófica, também como uma maneira de homenagear Miroslav Milovic e afirmar: “Miro Žive”, Miro Vive.